quinta-feira, 14 de agosto de 2014

STAR WARS FAN GIFS



                                                          Fonte:http://papermagazine.tumblr.com/

quarta-feira, 2 de julho de 2014

O BRASIL FRACASSA NA COPA?

A imprensa preocupada com os impactos negativos da copa talvez tenha contribuido para que o país perdesse uma oportunidade de ouro para modernizar sua imagem de potência emergente!
 
Ainda falta muito para que a Copa do Mundo termine, mas não é cedo demais para declarar que o Mundial foi um fracasso para o Brasil: o país perdeu uma oportunidade de ouro para modernizar sua imagem, apresentar-se como uma potência emergente no campo tecnológico e transmitir a ideia de que é muito mais do que a nação do Carnaval, da caipirinha, do samba e do futebol.

Eis aqui algumas histórias que não foram contadas pelos mais de 5.000 jornalistas de 70 países que viajaram ao Brasil para cobrir a Copa e que nas últimas semanas – antes que o torneio começasse – escreveram extensamente sobre o país:

O Brasil é um dos principais fabricantes de aviões do mundo. Sua empresa aeronáutica Embraer é a líder mundial na produção de aeronaves de passageiros de médio porte, vendendo aviões para empresas como American Airlines, United Airlines, Air France e Lufthansa.

O instituto brasileiro Embrapa é um de grande centro de pesquisas. Entre outras coisas, desenvolveu uma planta de soja que se ajusta a solos ácidos, o que contribuiu para que o Brasil se tornasse um dos maiores exportadores mundiais dessa leguminosa.

Lançou recentemente o programa Startup Brasil. Oferece ajuda governamental e escritórios gratuitos a empresas tecnológicas nacionais e estrangeiras recém-fundadas, conhecidas como startups. A ideia é criar um Vale do Silício brasileiro.

Ciência Sem Fronteiras. O Brasil enviará 100.000 estudantes universitários para cursarem pós-graduações e doutorados em universidades dos Estados Unidos e Europa.

O país perdeu uma oportunidade de ouro para modernizar sua imagem de potência emergente

Plano Nacional de Educação. Aprovado no começo deste ano pelo Congresso brasileiro, prevê que o investimento público em educação chegará a 10% do PIB nos próximos 10 anos. O plano foi sancionado pela presidenta Dilma Rousseff.

É provável que estas e outras medidas ajudem o Brasil a se tornar uma formidável potência tecnológica emergente. Mas, infelizmente, o Governo tem feito pouco para promovê-las durante a Copa. É fato que é difícil para Dilma Rousseff projetar uma imagem de potência tecnológica emergente quando há protestos nas ruas e quando muitos estádios estavam sem terminar no momento em que o torneio estava prestes a começar.

Mas Rousseff poderia ter aproveitado os dias anteriores à Copa para fazer anúncios sobre educação, ciência e tecnologia. E o Governo poderia ter sugerido um logotipo mais futurista para a Copa do Brasil, que enfatizasse o potencial econômico do país.

Simon Anholt, um consultor britânico que publica um ranking anual sobre a imagem dos países no mundo, diz que o Brasil tem uma imagem internacional boa, mas “branda”, que “limita seu potencial econômico”.

O último Índice de Marcas-Nações Anholt-GFK-Roper mostra que o Brasil ocupa o 20º posto entre 50 países no ranking geral. Ostenta a 10ª colocação em cultura, mas está abaixo da 20ª quando se pergunta às pessoas se comprariam um automóvel brasileiro. Isso faz com que o Brasil possa vender férias e música, mas que tenha dificuldades para exportar softwares, por exemplo.

O Brasil ainda pode ganhar a Copa do Mundo, e as comemorações dos dias subsequentes não prejudicariam sua imagem. Pelo contrário, a festa nas ruas levaria ainda mais gente a pensar no Brasil na hora de decidir aonde ir de férias ou qual música escutar. Isso seria simultaneamente um triunfo e uma tragédia para o Brasil. A tragédia seria que o Brasil perdeu uma magnífica oportunidade de se projetar como algo além do país das grandes festas.

Fonte: http://www.defesanet.com.br/

terça-feira, 6 de maio de 2014

Câncer Induzido a arma secreta da CIA que todos ignoram!?

Existe uma teoria conspiratória, de que a "CIA" a Companhia de Inteligência Americana, já há Algum tempo utiliza-se de uma improvável e silenciosa arma contra seus desafetos, políticos e prováveis adversários e até mesmo personalidades públicas com forte poder de influência sobre a massa! O Câncer induzido! Mas porquê!? Interesses estratégicos militares, econômicos, segurança doméstica, etc!  Eliminar um líder de uma nação com meios convencionais atrai atenção e deixa muitas pistas, então com uma pequena ajuda,nada melhor do que a natureza dê cabo tudo! Claro que o sucesso do desenvolvimento do câncer para uma etapa fulminante vai depender de muitos fatores! Como induzir o Câncer!? Através de agentes duplos infiltrados com livre acesso! Então assim seria fácil circular  introduzir cápsulas de radioativas de remédios falsos, injeções com células cancerígenas, água radioativa,  polonium, um elemento radioativo raro ao qual poucos países têm acesso, ou seja, apenas os do restrito clube atômico e etc!a tecnologia para causar câncer já existe há tempos , até porque não é tecnologia, mas um efeito físico advindo do contato humano com substâncias chamadas de cancerígenas.
Trocando em miúdos: basta bombardear o alvo por curto período com doses de intensidade controlada de radiação para ter quase certeza de que essa pessoa contrairá câncer.

Vamos à alguns casos suspeitos:

 
Yasser Araft! Em 3 de julho de 2012, foi divulgado pelo Instituto de Radiofísica do Hospital Universitário da Universidade de Lausanne, na Suíça, o resultado de um trabalho de nove meses de análises do material biológico encontrado em objetos de uso pessoal de Arafat (roupas, escova de dentes e keffiyeh). O relatório apontou a presença de altos níveis de polônio 210 no material coletado


Em 1 de agosto de 2006, Fidel Castro delegou em caráter provisório, por conta de uma doença intestinal que, segundo o próprio, seria grave,39 suas funções de comandante supremo das Forças Armadas, secretário-geral do Partido Comunista de Cuba e de presidente do Conselho de Estado (cargo máximo da República Cubana) ao seu irmão Raúl Castro, Ministro da Defesa. Inúmeras críticas surgiram, e em outubro de 2006 a imprensa mundial afirmou que ele tem um câncer,40 fato não confirmado.


Hugo Chaves - Postura Nacionalista em relação aos interesses americanos!Morte por Câncer na região pélvica que se alastrou pelo sistema linfático(5 de março de 2013)

Enéas fundou, em 1989, o PRONA, lançando-se imediatamente candidato à Presidência nas primeiras eleições diretas do Brasil, após o período da Ditadura Militar. A fala rápida e a um discurso inflamado e ultranacionalista (terminado sempre por seu bordão: "Meu nome é Enéas"), Vinha ganhando simpatia do eleitorado!Em 2002, em entrevista à revista Época, ao justificar porque era favorável à construção da bomba atômica pelo Brasil, Enéas disse: "Não para ser usada, mas para que o Brasil se imponha diante da comunidade internacional". No dia 6 de maio de 2007, aos 68 anos, Enéas Carneiro faleceu em sua casa, vitimado de leucemia mielóide aguda!


Chávez tinha razão?

O presidente Hugo Chávez abriu a caixa de Pandora ao expor sua suspeita sobre o inusual padecimento de câncer por parte de vários mandatários e personalidades progressistas latino-americanos nos últimos meses, entre os que se destacam sua própria pessoa, a presidenta argentina Cristina Fernández; o mandatário paraguaio Fernando Lugo, a presidenta brasileira Dilma Rousseff; o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, entre outros.

"A essas alturas, é muito difícil explicar com a lei das probabilidades, por exemplo, o que atinge a alguns de nós (líderes) na América Latina”, disse Chávez, apontando suas suspeitas para Washington e, particularmente, para a CIA.





sexta-feira, 18 de abril de 2014

SISTEMA CANTAREIRA O QUE ESTÁ ACONTECENDO?

Muito se fala do Sistema Cantareira, aquele tão falado sistema que abastece de água nossa cidade! Que precisamos economizar, da seca, que precisa chover, de racionamento! Sim é verdade precisamos repensar a maneira  como usamos nossa água! Vamos analisar alguns fatos, Sistema Cantareira não é um açude certo?  Um açude armazena águas da chuva, o cantareira armazena a água de Rios certo!?  Os rios são alimentados por várias nascentes e micro nascentes e quando se destrói essa rede complexa, desmatando, aterrando nascentes, você gera desequilíbrio o resultado não é escassez!? Bom não sou nenhum especialista, mas estou chamando para o debate para as respostas destas perguntas! Então fui usar uma ferramenta que está aí a disposição de todos e ver virtualmente do alto o que anda acontecendo! Fui no Google Maps e fiquei muito incomodado com o que vi! O governador Geraldo Alckmin,  já pensa em multar quem aumentar o consumo, mas o que ele pensa de condomínios luxuosos, que há muito tempo estão aterrando e ocupando as margens e proximidades da represa e suas nascentes!? ! Existem muitos interesses e falta de política de preservação de mananciais! O governador escolhe o caminho mais fácil, a multa que não resolve o verdadeiro problema, ocupação desenfreada e loteamentos clandestinos na região do sistema! Existem pessoas com influência política e até mesmo políticos envolvidos nesse esquema! Mas talvez o Governador não esteja disposto a  levantar o tapete e limpar a sujeira! Bom tirem suas próprias conclusões! Abaixo reprodução aérea da represa de Mairiporã que faz parte do sistema Cantareira!

Abaixo represa de águas claras

Abaixo uma visão da ocupação desenfreada da Serra da Cantareira!

sexta-feira, 7 de março de 2014

Um sagrado presente de cura musical para a humanidade




ÊXTASE MUSICAL Um presente de cura para a humanidade Música celestial de João Cota-Robles através de Frederic Delarue "A frequência desta música Celestial se comunica com a inteligência divina do corpo em um nível celular, aumentando a consciência de cada célula. Como a música acalma e conforta as células, é reforçada a capacidade natural do corpo para curar-se. "Esta música sacra é compatível e funciona em harmonia com cada modalidade de cura ou tratamento médico, que uma pessoa pode optar por experimentar. A música ressoa com uma bênção adicional para quem está a lidar com qualquer forma de câncer. "Essa música é um presente do alto e é nunca a serem comprados ou vendidos. Por favor partilhe esta informação com toda a gente que se sente beneficiariam com este dom sagrado da música Celestial." João Cota-Robles

João disse que esta música está codificada com frequências de cura que a humanidade não foi capaz de alcançar até agora. Isto está sendo feito possível por causa da expansão da chama tripla da humanidade, o retorno de nosso Deus mãe e seu monumental influxo do amor divino transfigurado. Ele disse para mim e Frederic disponibilizar a maior resolução possível da música para a humanidade. Caso contrário, alguns dos novos tons curativas podem ser perdido.

João disse que a companhia do céu vai ajudar quem quiser a música para ter acesso a ele através de seu próprio computador ou através do computador de alguém que eles conhecem. Ele disse que tudo está em ordem divina; Tudo Frederic e precisa fazer é disponibilizar a música através da resolução mais alta possível para quem quiser experimentá-la.


Esta música não pode ser comprada ou vendida, mas sim compartilhada só assim as propriedades de cura do pai celeste, nosso DEUS criador contidas nas frequências desta música celestial serão plenas!

" O CD completo de Êxtase Musical tem 62 minutos de duração. Vocês podem baixar esta música sagrada GRATUITAMENTE do do site da minha mãe: www.FredericDelarue.com "O download do mp3 grátis também está disponível no site do Frederic Delarue: www.eraofpeace.org
João Cota-Robles
*09/04/1968 +29/12/2010



sábado, 1 de março de 2014

Pai e Filho

Esse vídeo resume a essência e complexa relação de pai e filho e a difícil tarefa de entendimento e compreensão e amor! 



quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

O enigma da mulher que descongelou

Em ocasiões, a natureza do corpo humano surpreende-nos superando com sobras os limites do que consideramos normal, e este caso é um exemplo perfeito do que estou falando. Imaginem, Lenby, Minnesota, EUA. Em uma tremendamente fria manhã de inverno de 1981, um garoto de 19 anos descobre sua vizinha adolescente Jean Hilliard tombada na neve. Todo seu corpo está rígido e congelado, já que permaneceu à intempérie toda a noite a uma temperatura de até 25ºC abaixo de zero.

O enigma da mulher que descongelou

Aparentemente Jean teve um acidente em seu carro, que patinou no gelo, e tentou desesperadamente atingir a casa de seu vizinho em busca de ajuda. Quando este encontrou seu corpo, chamou imediatamente os paramédicos que levou-a rapidamente ao hospital local, onde seu estado assombrou aos médicos. Uma das enfermeiras afirmou que Jean estava tão fria, que era como se tivessem tirado-a de um congelador" e que "seu rosto estava absolutamente branco, tinha a palidez dos mortos”. Jean sofria de hipotermia severa e os médicos não conseguiam mover ou dobrar nenhuma de suas articulações.

O pessoal do hospital fez todo o que pôde, mas sua situação era extrema. Ainda no caso de que Jean viesse a recuperar a consciência, muito provavelmente seu cérebro teria sofrido danos severos. Ademais, o grau de congelamento era tal, que os médicos pensavam em amputar ambas pernas. Sua família não podia fazer nada, salvo esperar um milagre.

Duas horas mais tarde, Jean sofreu violentas convulsões e recuperou a consciência. Encontrava-se perfeitamente tanto mental como fisicamente, ainda que um pouco confusa. Inclusive o congelamento foi desaparecendo lentamente de suas pernas, para assombro dos médicos. Quarenta e nove dias depois recebeu alta sem perder nem uma unha, e com apenas algumas manchas pelo corpo.

Fonte : New York Times


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

PESQUISA DA MARINHA SOBRE AGENTE BIOQUÍMICO NATURAL É PATENTEADA NOS EUA

Pesquisa da Marinha sobre agente bioquímico é patenteada
Foto :IEAPM / MB

Pesquisa desenvolvida pela Marinha do Brasil sobre tintas marítimas anti-incrustantes teve patente aprovada nos Estados Unidos. O projeto, conduzido pelo Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM), consiste no uso de um agente biocida isento de metais nas tinturas utilizadas em estruturas submersas e flutuantes. O estudo foi feito em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade Federal Fluminense (UFF).

A pesquisa, iniciada em 2004 no Instituto de Química da UFRJ, alcançou êxito ao sintetizar o agente biocida a partir de matéria-prima natural, nacional e de baixo custo: um subproduto do refino de óleo de soja. O agente poderá ser utilizado em escala industrial em revestimentos e tintas subaquáticas, protegendo contra os efeitos danosos da bioincrustração em cascos de embarcações, boias, plataformas de petróleo e dutos submersos.

Para o comandante William Romão Batista, engenheiro e pesquisador da Marinha, a obtenção da patente concretiza um ciclo de pesquisas em produtos naturais anti-incrustantes desenvolvidos pelo IEAPM. “Este é o grande passo para termos, no futuro, disponível no mercado, tintas para cascos de navios e plataformas de petróleo, com eficaz ação anti-incrustante e isentas de substâncias nocivas ao meio ambiente marinho”, avaliou o comandante.

De acordo com Romão Batista, por ser um produto natural, isento de elementos metálicos e com ação bactericida e algicida (contra algas), o agente biocida poderá também ser utilizado nas áreas médica, agrícola e pecuária.

A pesquisa

A bioincrustação marinha é resultado do processo natural de colonização e crescimento de micro e macro-organismos sobre superfícies submersas, ocasionando problemas logísticos e prejuízos econômicos, como o entupimento de canalizações, podendo comprometer estruturas de plataformas, pilares e tubulações.

O produto desenvolvido pelo IEAPM da Marinha foi testado experimentalmente durante oito meses em placas metálicas submersas pela empresa brasileira International Tintas S.A. A tinta anti-incrustante demostrou alta resistência e durabilidade, com uma vida útil maior que as tintas marítimas comercializadas atualmente – que gira entre seis meses e dois anos

Já tramita no IEAPM o pedido de uma nova patente junto à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha, que deverá ser enviado ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

Esta nova patente está relacionada à evolução da síntese e da característica físico-química do biocida inicialmente sintetizado. O objetivo dos pesquisadores é fechar parcerias com indústrias interessadas na produção do agente.

fonte: Defesanet


quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Encontrando o mamífero que sobreviveu aos dinossauros

Jeremy Hance, mongabay.com
Traduzido por Vitor Visconti 


Solenodonte-do-Haiti 
Fêmea do solenodonte-do-haiti capturada por Nicolas Corona na República Dominicana. Está esperando que instalem um rádio-colar nela. Foto de Tiffany Roufs.
foto : mongabay.com

Fêmea do solenodonte-do-haiti capturada por Nicolas Corona na República Dominicana. Está esperando que instalem um rádio-colar nela. Foto de Tiffany Roufs. 

Então, aqui estou eu, correndo à noite numa floresta a mais de 3.200 quilômetros de casa. Essa floresta – seca, robusta e espinhenta o suficiente para arrancar sangue – fica apenas a poucos quilômetros ao norte de uma cidade rural do extremo oeste da República Dominicana, na fronteira com o Haiti. Eu estou seguindo – ou tentando acompanhar – um caçador local e guia enquanto procuramos por um dos mamíferos mais bizarros do mundo. Poucas pessoas ouviram falar, muito menos viram esse animal; até mesmo a maioria dos Dominicanos não o reconhece imediatamente por seu nome ou fotografia. Mas estou obcecado por ele há mais de seis anos: é denominada solenodonte, mais especificamente, solenodonte-do-haiti, ou Solenodon paradoxus, seu (bastante apropriado) nome científico. 

Ao longo floresta há uma trilha amarelada, cheia de vegetação, mas não a usamos. Em vez disso, meu guia – a versão dominicana do Indiana Jones – rapidamente adentra na floresta movendo-se como um fantasma através dos galhos, vinhas, espinhos, para cima e para baixo de escarpas, dentro e fora de ravinas secas. Não me movimento como esse homem - Nicolas Corona - bato, tropeço, me arranho e caio durante o trajeto na floresta. Nos lugares em que Nicolas pula de um barranco a outro, ou simplesmente se agita de uma ponta a outra de uma árvore caída, eu caio dos barrancos e tenho que rastejar para seguir adiante. Nos lugares em que abre caminho através das moitas de amoras, me enrosco. Uma vez estava tão enroscado, que a cada passo que dava para frente, descobria outra videira que não cedia: em volta da minha perna, do meu peito. Sou um palhaço ao lado de um tipo de divindade do Olimpo. 

Solenodonte livre usando o rádio-colar. Foto de Tiffany Roufs.
Solenodonte livre usando o rádio-colar.
Foto de Tiffany Roufs. 

Apesar dos perigos, a floresta seca que estamos percorrendo é inesperadamente encantadora. Uma planta verde, não é grama, mas parece um trevo, conhecida como Bacoppa monnieri, cobre o chão nessa época do ano. Pequenas árvores que balançam se curvam à nossa volta. Grandes pedras se projetam para fora do solo, e às vezes um amontoado cria uma pequena montanha. Há caracóis com cascos belamente coloridos e parecidos com conchas pendurados nas árvores. Toda hora ouvimos um zumbido quando um pássaro, em algum lugar perto de nós, levanta voo assustado com o som de dois homens passando por seu lar. A floresta é quase como a de um hobbit, como se fosse feita para coisas pequenas. Alguém poderia imaginar antigas fadas e elfos, criaturas maliciosas vivendo aqui, e é por isso que ela parece um lugar tão próprio para o estranho e enigmático solenodonte com feições de muppet. 

Em grego, solenodonte significa “dente estriado”. Recebeu esse nome porque tem sulcos em seus dentes por onde injeta veneno, quase como uma cobra: é o único mamífero do mundo que pode fazê-lo. Mas isso não é de longe o fato mais incrível sobre uma criatura que muitas pessoas consideram um grande rato. Não, é isso: o solenodonte se divergiu de todos os outros mamíferos há 76 milhões de anos. Isso significa que enquanto dinossauros como o Tiranossauro Rex e o Tricerátops vagavam pela América do Norte, o solenodonte já tinha criado seu próprio nicho evolutivo, e então sobreviveu ao cataclismo, à invasão, à destruição, e hoje continua rondando pelas florestas da ilha caribenha Hispaniola (aonde estou) e Cuba, relativamente inalterado. Não é nem mesmo um roedor, em vez disso, pertence a uma ordem dos mamíferos (Soricomorpha) que incluí mussaranhos e toupeiras, mas continua diferente o suficiente para ter sua própria família: solenodontetiae. 

Falando em termos de evolução, o solenodonte é um dos mais velhos mamíferos da Terra; sua forma atual não é muito diferente daquela que o T- Rex teria alegremente ignorado há 76 milhões de anos. Ainda assim, enquanto o T- Rex desaparecia, de alguma forma esse pequeno e venenoso mamífero de focinho comprido conseguiu sobreviver ao asteróide que aniquilou os dinossauros, ao deslocamento do continente americano e das ilhas caribenhas, à chegada do primeiro povo, conhecido como Taino, à invasão de Colombo, e à subsequente transformação da ilha. Não é de se surpreender que esse animal foi apelidado de “o último sobrevivente”. 

Além de seu veneno, o solenodonte também exibe na ponta de seu focinho uma espécie rótula (apelidada de “os proboscis”) que é totalmente única no reino animal. Esse osso o permite mover seu longo e fino focinho habilmente enquanto toca o chão, quando busca insetos, aracnídeos e larvas. O interessante é que esse osso não é encontrado no solenodonte cubano, apenas no haitiano. Também já cogitaram que os solenodontes usam os seus estranhos sons de assobio e estalidos como uma ecolocalização para capturar suas presas no escuro. 

domingo, 9 de fevereiro de 2014

CAMINHÃO DOS CÉUS PREPARA VOO

Dirigíveis, que já foram usados para transportar passageiros, serão fabricados por duas empresas para levar cargas pelo país

Foto: Site Defesanet
Uma tecnologia que caiu em desuso antes da II Guerra Mundial pode voltar como alternativa para tentar reduzir o caos no transporte de cargas no país devido à falta de infraestrutura adequada. Os dirigíveis, que já foram utilizados como meio de transporte e, mais recentemente, de publicidade, fazem parte de um projeto da Airship do Brasil para trazer contêineres vindos principalmente da Amazônia para as regiões Sul e Sudeste, em vez de utilizar estradas.

A empresa é uma companhia formada pela associação do Grupo Engevix, que tem investimentos no polo naval de Rio Grande, e pela Transportes Bertolini. Para colocar o projeto em prática, cerca de R$ 120 milhões foram financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e cada uma das sócias entrou com mais R$ 20 milhões.

Atualmente, 25 pessoas trabalham na área de projetos da Airship, em São Carlos (SP) – onde estão estabelecidas a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), importantes centros de formação de engenheiros especialistas em Aeronáutica e aviação. O primeiro dirigível está em produção no município.

Operação deve começar no primeiro semestre de 2017

Paulo Vicente Caleffi, diretor de gestão da Bertolini, presidente da Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas no Estado (Fetransul) e diretor da Airship, explica que pretende fazer o primeiro teste com o cargueiro ADB-3-30 em julho de 2016.

– Desde 1992, pesquisamos e há oito anos estamos em sociedade com o Grupo Engevix, em sigilo. Eu estive em 12 países para sondar o mercado. Já começamos a produção do primeiro dirigível, e no primeiro semestre de 2017 temos de estar navegando. Será uma revolução em termos de logística – empolga-se.

Os dirigíveis produzidos pela Airship devem ter cerca de 150 metros de comprimento, com capacidade de transportar até 54 toneladas – como comparação, uma carreta de dois eixos transporta cerca de 30 toneladas. O dirigível, inflado por gás hélio e com motores movimentados a óleo diesel, alcança velocidade de 125 quilômetros por hora, voando entre 400 metros e mil metros, com uma tripulação de até quatro pessoas. Segundo a empresa, a operação teria um preço próximo ao do frete de caminhão.

Em comunicado, a Airship informa que "inicialmente, a própria Bertolini será a principal cliente, utilizando o veículo para deslocar produtos de Manaus para as regiões Sul e Sudeste do país" e que os dirigíveis podem ocupar o mercado das hidrovias e ferrovias, modais que "o Brasil não usa adequadamente". 

Foto: Zero Hora
Fonte: http://www.defesanet.com.br/

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

ATLÂNTICO SUL - BRASIL APRESENTA PROPOSTA PARA EXPLORAÇÃO MINERAL


Arte - DefesaNet


O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) apresentou à Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISBA), plano de trabalho para exploração mineral de uma área de 3 mil km² localizada em águas internacionais do Atlântico Sul, numa região conhecida como Elevado do Rio Grande, situada a mais de 1.500 km da costa brasileira. A proposta brasileira que foi encaminhada à ISBA no dia 31 de dezembro, foi elaborada com base nos dados coletados pelo Programa de Prospecção e Exploração de Recursos Minerais da Área Internacional do Atlântico Sul e Equatorial (PROAREA), que está sendo desenvolvido pela CPRM, com a finalidade de ampliar a presença do Brasil em águas internacionais do Atlântico Sul.

areadoelevadositecerta 1 Brasil apresenta proposta para exploração mineral no Atlântico Sul
Arte - DefesaNet

De acordo com Roberto Ventura, diretor de Geologia e Recursos Minerais da CPRM, estudos preliminares revelaram o potencial mineral da região, onde foram encontradas crostas ferromanganesíferas com indícios de ferro, manganês e cobalto. “Além do caráter estratégico, essa iniciativa brasileira traz em seu bojo a formação de recursos humanos e o desenvolvimento tecnológico”, avalia Ventura.

O diretor explica que a proposta apresentada à ISBA foi aprovada pela Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM), tendo em vista, que os estudos feitos durante uma série de expedições realizadas pela CPRM na região nos últimos anos, indicarem o potencial mineral da área requerida. A expectativa é de que, a proposta brasileira seja aprovada ainda este ano.

Com a aprovação do plano de trabalho, o Brasil terá 15 anos para pesquisar com exclusividade o local escolhido. “Estamos iniciando uma nova fase nas pesquisas de geologia marinha, que envolvem o desenvolvimento de tecnologias para exploração dessas áreas”, destaca o diretor. Segundo ele, as pesquisas estão sendo realizadas por equipes multidisciplinares formadas em diversas áreas de conhecimento. Entre elas, geologia, biologia, geofísica, além de estudantes, para formar futuros pesquisadores.

“A ideia é permitir a iniciação cientifica, a geração de conhecimento e a capacitação de especialistas para que o país possa estar apto a pesquisar e explorar minerais em águas profundas”, diz o diretor. No total, o projeto envolve cerca de 80 pesquisadores de diversas instituições e conta com a parceria de universidades.

Nos últimos quatro anos foram investidos cerca de R$ 90 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nas pesquisas no Atlântico Sul. Para este ano estão previstos mais R$ 20 milhões; e para os próximos cinco anos R$11 milhões vão ser gastos em pesquisas na Elevação do Rio Grande, com a aprovação do pedido brasileiro pela ISBA.




quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

A DIFERENÇA DO ROLÊ E DO ROLEZINHO

O ROLÊ
imagem: http://www.urb.im/blog/participe/131219

Você liga ou posta pros seu amigos aqueles "firmeza" de longa data ou não, marca um ponto de encontro e se delicia com mais uma aventura! Pronto! O role é mais ou menos assim, ou pelo menos era !  Você saía , curtia, paquerava e  se divertia! Simples assim!!!



O ROLEZINHO

Alguém convoca um encontro, que acaba se transformando num grande evento! A quantidade é incerta,  aglutinam-se centenas de jovens! A grande maioria não se conhece e nunca se viu, o evento perde o controle e se torna baderna, vandalismo e furtos, são cometidos! A falta de controle é o que impera, mas o que chama a atenção é que muitas e muitas vezes o álcool é presente nas rodas de jovens que beiram 12 e 17 anos! Mas alguns ditos estudiosos se confundem e defendem essa orgia de vandalismo e álcool, talvez eles não saibam diferenciar! Os "organizadores" insistem, que têm o direito, de convocar esses eventos em locais particulares! Simples assim!?




sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

PINK FLOYD "The Dark Side of the Oz"

Dark Side of the Rainbow (em português, O Lado Sombrio do Arco-íris e também encontrado na internet como The Dark Side of the Oz) é o nome dado ao efeito criado ao tocar o álbum conceitual do Pink Floyd The Dark Side of the Moon de 1973 simultaneamente com o filme de 1939 O Mágico de Oz. O efeito consiste no fato de que há diversos momentos em que uma obra corresponde a outra, seja por parte das letras das músicas ou pela sincronia áudio-visual. O nome do efeito vem da combinação do título do disco (The Dark Side of the Moon seria O Lado Sombrio da Lua, uma metáfora para ilustrar os conceitos de lado negativo da mente e da vida) e da icônica canção do filme Over the Rainbow (Além do Arco-Irís).





História
Apesar de famoso, a origem do efeito é misteriosa, bem como as ocorrências que levaram à sua descoberta. Em 1994, fãs do Pink Floyd discutiram o fenômeno no grupo de discussão da Usenet alt.music.pink-floyd. Naquele ponto, já não mais se sabia de quem foi a idéia de combinar as duas obras.
Desde então, passou a ser constantemente abordado pela cultura popular. Em Agosto de 1995, um jornal em Fort Wayne, Indiana, publicou o primeiro artigo na grande mídia sobre a sincronicidade (o artigo pode ser lido na íntegra nesse site). Logo após, vários fãs começaram a criar sites aonde descreviam suas experiências, procurando catalogar os momentos de sincronia. O efeito ganhou mais notoriedade em Abril de 1997, quando um DJ de uma rádio de Boston discutiu o fenômeno no ar, levando a mais uma série de artigos na mídia e um segmento no MTV News.
Em julho de 2000, o canal à cabo Turner Classic Movies exibiu O Mágico de Oz com Dark Side como uma trilha-sonora opcional. Naquele mesmo mês, um episódio da segunda temporada da série animada Family Guy fazia menção ao efeito.
Várias bandas fizeram alusões ao fenômeno. Em Fevereiro de 2003, a banda de reggae Easy Star All-Star (especializada em fazer versões cover ao estilo dub) lançou um disco chamado Dub Side of the Moon, uma versão dub de Dark Side of the Moon, que alegava ter sido editado intencionalmente para ser "compatível" com O Mágico de Oz. Em Junho de 2003, a banda de rock alternativo Guster lançou um disco contendo uma canção chamada Come Downstairs & Say Hello, que abre com os versos "Dorothy moves/To click her ruby shoes/Right in tune/With Dark Side of the Moon." ("Dorothy se move/Fazendo barulho com seus sapatos cor de rubi/Conforme à melodia/de The Dark Side of the Moon"). Em junho de 2006, a tira cômica Born Loser trazia uma piada sobre um homem que ficou com dor-de-cabeça enquanto ouvia Dark Side of the Moon enquanto assistia O Mágico de Oz.



Sincronicidade
Os fãs já conseguiram compilar mais de 100 momentos de conexão entre o filme e o disco, incluindo algumas que são obtidas quando o disco é repetido para se encaixar com o excedente do filme. Por exemplo, o verso "balanced on the biggest wave" ("balançado na maior das ondas") de Breathe é cantando enquanto Dorothy balança em cima de um muro; "who knows which is which" ("quem sabe quem é quem") de Us and Them é cantado enquanto as bruxas boa e má se confrontam; "the lunatic is on the grass" ("o lunático está na grama") de "Brain Damage" é cantado enquanto o Espantalho, cujo corpo é preenchido com grama seca, age freneticamente como um louco; e as batidas de coração ressoam enquanto Dorothy encosta seu ouvido no peito do Homem de Lata.
Esse efeito de sinergia foi descrito como um exemplo de sincronicidade, definido por Carl Jung como um fenômeno aonde eventos coincidentes "parecem relacionados mas não podem ser explicados pelos mecanismos convencionais de casualidade". Detratores negam a veracidade do efeito, afirmando que o fenômeno é o resultado de uma tendência da mente de pensar que reconhece padrões desordenados por descartar informações que não se encaixam. Psicólogos se referem a essa tendência pelo nome confirmation bias. Sob essa teoria, o entusiasta de Dark Side of the Rainbow iria simplesmente se focar nos momentos coincidentes e ignorar um grande número de momentos aonde o filme e o disco não correspondem.

Acidental ou planejado?
Logo no começo do filme ...apenas meras coincidências !?

Na parte 03 a Música Time - Os Três tempos "Passado, Presente e Futuro"  

  Os membros do Pink Floyd repetidamente insistem que o fenômeno é pura coincidência. Em uma entrevista para o 25º aniversário do disco, o baterista Nick Mason negou que o disco foi escrito intencionalmente para ser sincronizado com Oz, dizendo que "Algum cara com muito tempo livre teve essa idéia de combinar O Mágico de Oz com Dark Side of the Moon" [1] . Em um especial da MTV sobre o Pink Floyd em 2002, a banda negou qualquer relação entre o disco e o filme, dizendo que na época da gravação de Dark Side não havia tecnologia para reproduzir o filme no estúdio ao mesmo tempo que gravavam o álbum. Em 3 de Março de 2006, na conferência Canadian Music Week, em Toronto, o engenheiro de som do disco, Alan Parsons, afirmou para a platéia durante uma sessão de perguntas-e-respostas de que não houve nenhum esforço de integrar o disco com o filme.
O álbum ao vivo P.U.L.S.E.(Editado em 1995), cujo set-list incluí Dark Side of the Moon na íntegra, traz algumas referências à sincronia. A fala masculina em Great Gig In The Sky, que originalmente dizia "I never said I was frightened of dying" ("Eu nunca disse que tinha medo de morrer"), mudou para "I never said I was frightened of Dorothy" ("Eu nunca disse que tinha medo de Dorothy"). A ilustração da capa - um disco imitando um globo ocular, com um sol sendo eclipsado substituindo a íris - traz escondida algumas imagens referentes ao filme, como uma ilustração de uma garota com sapatos vermelhos e a silhueta do Homem de Lata. Apesar de muitos acharem que essas referências fortalecem a teoria de que o efeito foi de fato planejado, a fala e as imagens podem ter sido idéia da Sony BMG, aproveitando o auge de euforia em torno do efeito na época - e provavelmente sem nenhum aval ou mesmo conhecimento do feito por parte de algum integrante da banda.

Reproduzindo o efeito
Real ou imaginado, o efeito é geralmente criado deixando pausado um CD do álbum logo no início, iniciando o DVD ou a fita com o filme em uma TV no mute, e despausando o CD quando o leão da MGM rugir pela terceira vez. (Note que em algumas versões do filme o leão é colorido. O leão em preto-e-branco é o correto para a sincronia). Deve ser posto em loop, sendo que o disco será tocado um total aproximado de duas vezes e meia para se encaixar com a duração do filme. Uma minoria de devotos afirmam que despausar o CD logo no primeiro rugido produz uma sincronia mais perfeita.
A maior parte dos usuários exploraram o fenômeno usando a cópia original ou o relançamento de 1994 do disco. A versão de 30º aniversário, de 2003, também pode ser usada. Note que a versão de 1994 de 20º aniversário do disco (a versão incluída no box Shine On) contém várias alterações nas marcações de tempo das faixas, então essa versão não vai criar o efeito Dark Side of the Rainbow.
Outro fator que pode afetar a qualidade da sincronia é a versão do filme. A versão em NTSC, usada nos Estados Unidos, dura 101 minutos, enquanto a versão em PAL, usada na Europa, dura 98 minutos (devido ao sistema de transferência de 25 frames por segundo, ao invés de 24). A versão recomendada é a NTSC.

Bom hoje temos o Youtube é mais fácil!!!

Fonte Wikipedia





quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

A GUERRA DA LAGOSTA, A GUERRA QUE NÃO ACONTECEU

A GUERRA DA LAGOSTA - Parte I (A página esquecida de nossa História)

Apesar do nome parecer cômico, foi um dos mais expressivos eventos militares do Brasil após a segunda guerra mundial, uma situação conflitante com uma super potência militar devido a divergências econômicas e que por pouco não se transformou em um conflito armado. Com o argumento do Pré-Sal, esta página esquecida de nossa história e que se quer é divulgada, merece atenção no momento em que nos voltamos para a Amazônia Azul e temos noticias da reativação da Quarta Frota dos EUA.  
Contratorpedeiro Francês Tartu é sobrevoado por um avião patrulha P15 Neptune da FAB

O céu, meio encoberto, tornava aquela noite ainda mais escura. Havia apenas uma ligeira brisa que soprava sobre a superestrutura, deixando aquela madrugada bastante agradável para os atentos vigias noturnos. Contrastando com a plácida noite, o clima no interior do Centro de Informações de Combate (CIC) do contratorpedeiro Paraná era de muita tensão. Com toda a atenção voltada para as telas repetidoras dos radares, os operadores acompanhavam cada irradiação das antenas com o propósito de identificar um alvo em específico: o contratorpedeiro francês Tartu. O indesejado navio rumava para a costa do Nordeste, por ordem direta do seu presidente, para defender pescadores franceses que atuavam ilegalmente na plataforma continental brasileira. 


Sozinho o Tartu não era uma grande ameaça, mas bastava uma atitude precipitada e todo o Grupo Tarefa do navio-aeródromo Clemenceau, que estava na costa oeste da África, atingiria o litoral do Nordeste brasileiro em aproximadamente três dias. 



Às quatro horas da madrugada o pessoal do quarto d´alva assumiu o serviço e aqueles que estavam em seus postos desde a meia noite foram descansar, ou pelo menos tentaram. Todos a bordo do Paraná tinham ciência das limitações, tanto materiais como de adestramento. Mas o que mais tirava o sono dos homens era a quantidade de munição a bordo, suficiente para apenas meia hora de combate e nenhum torpedo para disparar. Mesmo com todas essas dificuldades, eles procurariam defender um recurso natural de propriedade nacional - a lagosta da plataforma continental. 



O interesse estrangeiro pelos recursos naturais do Brasil é tão antigo quanto o descobrimento do próprio território pelos portugueses. Nas primeiras décadas do século XVI, corsários franceses passaram a atuar na costa brasileira, extraindo ilicitamente o pau-brasil para as indústrias têxteis da Normandia. A situação agravou-se durante o reinado do Rei Francisco I, que passou a questionar a legitimidade de Portugal em relação à colônia do Brasil (para maiores detalhes sobre este episódio, ver o texto sobre o Primeiro Combate Naval no Brasil). 

Naquela época a diplomacia falhou e a situação teve que ser decidida pela via militar. Embora não configurasse um conflito direto entre os reinos de Portugal e França, a disputa pelo controle do Brasil deflagrou uma verdadeira guerra colonial. Passaram-se quase cem anos de intermitentes combates até que os franceses fossem definitivamente expulsos do Brasil. Pouco menos de três séculos e meio depois a história quase se repetiu. 


A Lagosta

Durante séculos, a captura da lagosta ao longo da costa do Nordeste brasileiro foi realizada de forma rudimentar, somente para subsistência das famílias da região ou abastecimento do pequeno mercado local. A partir da década de 1930 o crustáceo começou a ter maior valor comercial. 


Mas esta atividade econômica só despertou o interesse de companhias estrangeiras na década de 1950, quando empresas japonesas decidiram enviar barcos de pesca para o litoral do Nordeste. A licença foi emitida e, em contrapartida, o Governo Brasileiro exigiu a nacionalização de parte da tripulação dos barcos. Com dificuldade em cumprir tal exigência, os japoneses preferiram abandonar a pesca e comprar a lagosta diretamente dos jangadeiros brasileiros, obtendo uma boa lucratividade. Desta forma, estabeleceu-se uma atividade regular de captura naquela região, tornando-se realmente uma atividade econômica de valor. Em paralelo, a atividade contribuiu para o desenvolvimento da indústria de congelamento, além do aumento da atividade nos portos de Fortaleza e Recife por causa da exportação do crustáceo. Em 1955 exportaram-se 40 toneladas de lagosta. Cinco anos depois, este número subiu para 1.200 toneladas. 



O interesse francês na costa do Nordeste surgiu no início da década de 1960, ou seja, alguns anos depois dos acordos com o Japão. Uma delegação foi enviada ao Recife para negociar a vinda de três barcos de pesca franceses com o intuito de realizar pesquisas sobre viveiros de lagosta. A CODEPE, órgão federal responsável pelo desenvolvimento da pesca no país, emitiu uma autorização de pesquisa em março 1961, válida por 180 dias. Esta licença contemplava apenas três embarcações. 



No entanto, autoridades brasileiras já estavam preocupadas quanto ao real motivo da vinda dos pesqueiros. Foi decidido que representantes da Marinha do Brasil embarcariam nos navios franceses para atuar como fiscais de pesca. Após alguns embarques, os militares constataram que os navios estavam realmente capturando lagosta em larga escala e realizando pesca predatória com arrasto. Além disso, a licença de pesquisa emitida limitava-se a três barcos e a França enviou quatro. A partir do relatório dos militares embarcados decidiu-se pelo cancelamento da licença e o último pesqueiro partiu de volta para a França no final de abril de 1961. 


Em novembro os franceses solicitaram uma nova licença para a realização de pesquisas e experiências no litoral nordestino. Desta vez foi argumentado que elas seriam realizadas na plataforma continental, fora das águas territoriais brasileiras. E assim, uma nova leva de pesqueiros franceses chegou ao litoral nordestino no final de 1961. 

Apresamentos realizados pela MB



Os desentendimentos começaram logo no início de 1962. No dia 2 de janeiro a corveta Ipiranga apresou o pesqueiro francês Cassiopée, cerca de dez milhas da costa, por estar capturando lagosta sem autorização do Governo Brasileiro. E pouco tempo depois a corveta Purus avistou dois pesqueiros (Françoise Christine e Lonk Ael) próximos à costa do Rio Grande do Norte, mas por determinação do Estado Maior da Armada (EMA) não foram apresados. 


O apresamento do Cassiopée gerou uma batalha diplomática entre os dois países que se estendeu por todo o ano de 1962. O Brasil sustentava a tese de que a lagosta era recurso econômico de sua plataforma continental (independentemente de estar no limite do mar territorial) e somente a ele caberia a emissão de autorização de captura do crustáceo. A França argumentava que a lagosta era um "peixe", pois se deslocava de um lado para o outro dando saltos e não andando sobre a plataforma continental. Neste caso aplicar-se-iam (segundo os franceses) as regras da convenção de Genebra de 1958, que estabelecia as bases para pesca em alto mar (é importante destacar que nenhum dos dois países tinha assinado tal convenção). Segundo o comandante Paulo de Castro Moreira da Silva a fraca argumentação francesa levaria à seguinte frase: 

"por analogia, se lagosta é um peixe porque se desloca dando saltos, então o canguru é uma ave." 

A batalha diplomática não intimidou os pesqueiros franceses, e muito menos reduziu a ação dos navios da MB. O contratorpedeiro Babitonga apresou o pesqueiro francês Plomarch no dia 14 de junho e o Lonk Ael no dia 10 de julho ao longo do litoral do Rio Grande do Norte e a corveta Ipiranga os pesqueiros Folgor e Françoise Christine em agosto do mesmo ano no litoral cearense. Os capitães dos barcos eram orientados quanto à irregularidade cometida, "convidados" a assinar um termo de compromisso e não mais voltar à costa brasileira (embora muitos assim o fizeram). 
Contratorpedeiro Babitonga D-16
No início de 1963, uma missão francesa chegou ao Brasil com o intuito de negociar a questão da pesca da lagosta, bem como estabelecer as bases comerciais de um possível acordo binacional. Esta mesma missão informou que dois barcos de pesca já se dirigiam para o litoral brasileiro. Através do Ministério das Relações Exteriores, o Brasil respondeu que a permissão não seria dada aos barcos e solicitou que o governo francês não permitisse a vinda destes para não prejudicar as negociações em curso. A França não só confirmou a vinda dos dois barcos, como também anunciou a partida de outros, independentemente da ameaça de serem apresados. 


Sabendo da vinda de pesqueiros franceses para o litoral nordestino (sem a devida autorização), a MB colocou em alerta os seus navios que executavam patrulha na área. No dia 30 de janeiro, a corveta Forte de Coimbra detectou a presença de três pesqueiros estrangeiros e solicitou que os comandantes dos mesmos rumassem para Natal. Em função da resposta negativa, foi solicitada novas instruções de terra. O comandante do 3º Distrito Naval não vacilou e foi enérgico em suas palavras. A corveta deveria usar a “força na medida do necessário”. Possivelmente os franceses não entendiam português, mas o soar do alarme de “postos de combate” e a visão da tripulação da corveta guarnecendo o canhão da proa e as demais metralhadoras de 20 mm mudou a idéia dos comandantes dos pesqueiros. 


No dia 5 de fevereiro os barcos e suas respectivas cargas foram liberados e, por intervenção do presidente Goulart, uma autorização para captura da lagosta foi emitida para os barcos franceses no dia 8. A mesma decisão que agradou os estrangeiros gerou um grande desconforto interno para o governo federal. Por força da opinião pública e de pressões políticas (principalmente vindas no Nordeste), o governo teve que voltar atrás e cancelar a autorização. A decisão foi tomada no dia 18 de fevereiro e os pesqueiros deveriam encerrar a captura da lagosta no dia 20. 


A mudança de atitude do Governo do Brasil despertou a ira do presidente de Gaulle. Alguns atribuem a este episódio a origem da frase: 

"Le Brésil n'est pas un pays serieux" 
(O Brasil não é um país sério) 
Charles De Gaulle
Porém, numa outra versão dessa estória, o embaixador brasileiro em Paris (Alves de Sousa), em seu livro de memórias, afirmou que a frase foi dita por ele numa entrevista para um repórter brasileiro. 



De qualquer forma, as relações com o Governo da França, que já não eram boas, degradaram-se rapidamente após a notícia da suspensão da autorização. A reação foi enérgica e desproporcional à situação. Por ordem do presidente de Gaulle, um navio de guerra francês seria enviado para proteger os barcos pesqueiros. 


Extraordinariamente o embaixador brasileiro em Paris reuniu-se com o Secretário-Geral do Quai-D'Orsay. O embaixador francês foi alertado sobre as graves conseqüências que poderiam advir da presença de uma embarcação militar francesa no Nordeste e que o mesmo não deveria desprezar a hipótese de irrupção de um eventual conflito. A resposta francesa, direta e curta, limitou-se à seguinte frase: "já estamos em conflito". A diplomacia estava em cheque e uma escalada militar começava a tomar forma. Estaria a MB devidamente equipada para enfrentar esta crise? 

A Marinha do Brasil no início dos anos sessenta

A Marinha do Brasil no início dos anos sessenta era um reflexo das ações desenvolvidas por ela ao longo da II Guerra Mundial, período que influenciou fortemente o pensamento estratégico e a sua capacidade operativa. A defesa do tráfego marítimo e, conseqüentemente, a ação anti-submarina nortearam os programas de reaparelhamento do pós-guerra. Nesse aspecto, unidades como contratorpedeiros, contratorpedeiros de escolta e caça-submarinos representavam aquisições prioritárias.

A bipolarização do mundo e o alinhamento do Brasil com os países do ocidente também trouxe implicações para a Marinha. Em 1947 foi assinado o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR), basicamente um instrumento político de auxílio às Forças Armadas latino-americanas contra a expansão do comunismo na América. Na esteira do TIAR, foram assinados "Acordos de Assistência Militar" (MAP - Military Assitence Program), no caso do Brasil em 1952, e criadas operações conjuntas denominadas UNITAS (a partir de 1960).

Se por um lado os acordos forneciam material militar por custos muito baixos, por vezes simbólicos, o equipamento não era dos mais atualizados e só atendia aos interesses do país fornecedor (os EUA). Em relação a este segundo aspecto, a doutrina norte-americana pregava a utilização das marinhas dos países periféricos (incluindo o Brasil) em ações puramente anti-submarinas e primordialmente costeiras num eventual conflito naval Leste X Oeste no Atlântico Sul.

Porém, a unidade mais importante da MB em 1963 era o NAeL Minas Gerais, comprado da Grã Bretanha em 1956 e reformado entre 1957 e 1960. É provável que os EUA não tenham vetado a venda do mesmo porque o navio-aeródromo atuaria como núcleo de forças anti-submarinas, exatamente o que o "Tio Sam" esperava da MB. Foi até por esse motivo que a FAB pôde adquirir os modernos aviões anti-submarinos Grumman S2F Tracker. O problema principal era o relacionamento entre os Ministérios da Aeronáutica e da Marinha, que não se entendiam sobre a responsabilidade da operação das aeronaves embarcadas. 
Os dois cruzadores da MB (Barroso e Tamandaré) foram adquiridos antes da assinatura do MAP e, para que existisse um equilíbrio regional, navios semelhantes foram fornecidos ao Chile e à Argentina. Numa época onde o SSM era apenas um sonho, sua bateria principal de 15 canhões de 6" fazia a diferença no mar.

Foi também através do MAP o Brasil adquiriu, por empréstimo, quatro contratorpedeiros da classe Fletcher (aqui denominada classe Pará) entre 1959 e 1961. Embora fossem unidades construídas durante a II Guerra Mundial, receberam atualizações antes da transferência e eram as escoltas mais modernas da MB no início dos anos sessenta. Em relação ao armamento, não existiam grandes novidades, mas as instalações do CIC e os seus sensores não tinham equivalentes na MB até então. O radar de vigilância aérea SPS-6C era capaz de detectar uma aeronave pequena a 60 milhas de distância, voando entre 6.000 e 30.000 pés. O radar de superfície SPS-10 podia detectar um contratorpedeiro a 15 milhas e um periscópio ou snorkel (exposto de forma contínua e em condição de mar 1-2) a 10.000 jardas. Outra novidade para a MB era o seu moderno (para a época) sonar de casco SQS-29.

Existiam ainda outros nove contratorpedeiros na lista da MB. Eram três classe M de 2.200 t e seis classe A de 2.180 t, todos eles construídos no Brasil. Por serem unidades projetadas nos anos trinta, estavam totalmente desatualizadas para a guerra anti-submarina do início da década de 1960. Completavam as escoltas de superfícies os oito contratorpedeiros de escolta (CTE) classe Bertioga. Estes navios foram adquiridos durante a II Guerra Mundial junto à USN e já estavam no final de suas vidas como CTE (algum tempo depois foram transformados em Aviso).

Naquela época a Flotilha de Submarinos era vista primordialmente como um instrumento de adestramento das forças anti-submarinas e não possuía o papel dissuasório atual. Por esse motivo foram adquiridas somente duas unidades fleet type (classe Gato) através do MAP em 1956 para substituir a velha frota de submarinos de construção italiana.

Entre 1954 e 1955 foram incorporadas dez corvetas da classe Imperial Marinheiro, sendo que uma delas foi transferida para a Flotilha de Submarinos. Estes navios, construídos na Holanda, preencheram uma grande lacuna na organização do serviço de salvamento marítimo nos distritos navais. Eram navios polivalentes e também executavam missões de patrulhamento costeiro.

A Força de Minagem e Varredura recebeu razoável reforço no início dos anos sessenta com a aquisição (via MAP) de quatro unidades da classe Javari. Completando o quadro, existiam ainda cinco (de um lote inicial de seis) caça-submarinos da classe Piranha (todos de construção nacional) que, posteriormente, foram transferidos para a Força de Minagem e Varredura (FMV). Nesta época a FMV ficava sediada no Rio de Janeiro e era subordinada ao Comando do 1º Distrito Naval. O quadro de material flutuante da MB ainda era composto por outras unidades auxiliares como navios-transporte, navios-hidrográficos e navio-escola, mas não existia um navio-tanque.
Cruzador Tamandaré C-12

Contratorpedeiro Classe Pará
NAeL (Navio-Aeródromo Ligeiro) Minas Gerais

A força naval francesa 

No dia 11 de fevereiro de 1963 partiu de Toulon (França) um Força-Tarefa capitaneada pelo navio-aeródromo Clemenceau. Acompanhando o navio-aeródromo seguiam o cruzador De Grasse, os contratorpedeiros Cassard, Jaureguiberry e Tartu (classe T53), as corvetas Le Picard, Le Gascon, L'Agenais, Le Béarnais, Le Vendéen (todos classe T52), o navio-tanque Baise e o Aviso Paul Goffeny . A princípio, deveria ser somente mais uma comissão pela costa oeste da África para mostrar bandeira e realizar exercícios de rotina. 


A bordo do Clemenceau estavam aeronaves Alizé da esquadrilha 4F, Aquilon da 16F e alguns helicópteros S-58 (semelhantes aos H-34 do 2º/1º GAE). Nesta época a "Aeronavale" ainda não tinha adquirido os caças F-8 Cruzader, embora testes bem sucedidos com uma aeronave proveniente do USS Saratoga tenham ocorrido no primeiro semestre de 1962. O papel de caça da frota era exercido pelos velhos Aquilon (versão do Sea Venom fabricada sob licença na França), num de seus últimos embarques operacionais com a "Aeronavale". Os Etendard IV não estavam plenamente operacionais nas atividades embarcadas e o primeiro exercício com estes jatos estava programado para maio daquele ano.

O De Grasse era o primeiro de uma classe homônima de três cruzadores. Esta classe era formada por escoltas antiaéreas que deslocavam pouco mais de 9.000 t. Possuíam oito reparos duplos de 127 mm e 10 reparos duplos de 57 mm. Também com ênfase na defesa antiaérea eram os contratorpedeiros da classe Type T53. As cinco escoltas menores compunham a classe T52, corvetas (denominadas "escorteur rapide" na Marinha da França) especializadas em ações anti-submarinas. 


Em 21 de fevereiro, estes navios chegaram à Dakar e, posteriormente, seguiram para Abidjan. Porém, uma das escoltas do Clemenceau tomou rumo diferente. Era o Tartu, que solitariamente seguiu para a costa brasileira conforme instruções do Governo francês. Suas instruções eram: 

- Controlar o movimento dos pesqueiros a fim de que não se aproximassem do limite de 12 milhas e; 

- Assegurar aos mesmos pesqueiros a continuação da pesca de lagosta além daquele limite. 

Esta informação foi transmitida ao Embaixador brasileiro em Paris no próprio dia 21, quinta-feira. Mas uma informação sem confirmação indicava também o deslocamento do cruzador De Grasse na companhia do Tartu. De qualquer forma, as demais unidades francesas na costa ocidental da África estavam tão perto do local da crise que não seria necessário mais do que dois dias de navegação para chegarem à Natal. No caso das aeronaves embarcadas, apenas algumas horas de vôo. 
Navio-aeródromo Clemenceau

Caça Sud-Est Aquilon

cruzador De Grasse