O Professor Mangabeira Unger, sempre polêmico, no Programa Dialogos, da GloboNews. Importante reflexão em momento crítico para o Brasil.
O jornalista Mario Sergio Conti entrevistou o Professor Mangabeira Unger, Programa Diálogos, na quinta-feira (01 Setembro 2016).
O Prof Mangabeira Unger foi o artífice da Estratégia Nacional de Defesa (END), implementada em 2008, durante a gestão do Ministro da Defesa Nelson Jobim, quando comandou a Secretária de Assuntos Estratégicos (SAE), no Governo Lula.
O foco do Programa foi: “Perspectivas após impeachment”.
Transcrevemos os últimos minutos do programa, quando o Prof Mangabeira Unger, no seu estilo tradiconal, comenta, melhor dizendo polemiza, assuntos de defesa.
Mangabeira - A última vez que tivemos um regime partidário forte foi na democracia de 1946. Getúlio Vargas se reinventou e passamos a ter um projeto forte.
E ai passamos a ter um regime partidário forte polarizado ao redor do projeto de Getúlio. Os partidos a favor e os partidos contrários.
Não foi o Regime Partidário Forte que criou o Projeto Forte. Foi o contrário. O Projeto Forte que ensejou o surgimento de um Regime Partidário Forte.
E assim será de novo quando nós tivermos a clareza e audácia de criarmos um Projeto Forte no Brasil.,
E este projeto se comunicar com esta energia que vem do Brasil profundo tudo vai mudar no Brasil. E aí nós vamos começar a reorganizar nossa vida política.
Conti - No panorama internacional o Senhor vê algo semelhante ocorrendo em algum outro lugar? Vemos o surgimento de novas forças como Podemos, na Espanha, o Cinco Estrelas, na Itália. Um novo partido trabalhista com o Corbyn, no Reino Unido.
Mangabeira - O Brasil tem uma oportunidade singular no mundo. Nós talvez sejamos, ou seremos, o único caso na história mundial moderna de um grande país, que ascende sem imperar. Não somos temidos por qualquer país do mundo. Não temos inimigos.
Mas, nós precisamos agora repensar nosso papel no mundo.
Vou dar o exemplo, a nossa relação com os Estados Unidos. Vamos ver a situação das comunicações no Brasil.
Todas as comunicações que ocorrem no Brasil são transparentes(?) ao governo dos Estados Unidos. Nosso acesso de internet e telefonia com o mundo passam na sua quase totalidade pelos Estados Unidos.
As nossa Forças Armadas dependem do GPS americano. Se desligassem, teríamos que conduzir os nosso navios no escuro por navegação astronômica.
O Brasil é um protetorado dos Estados Unidos e todas as Forças Políticas Brasileiras aceitam este protetorado.
Inclusive a esquerda com o seu terceiro mundismo tardio. Eu quero que o Brasil seja um parceiro dos Estados Unidos. Mas, para ser parceiro precisa deixar de ser um protetorado.
E este é um outro exemplo de como a repensar de nosso lugar no Mundo é a contrapartida de um projeto interno forte da nação.
Atualmente, em 2023, o Brasil é exatamente semelhante ao Ministério da Segurança Pública do Stalinasso de Brasília: ou mula, nome oficial. Não atua, ainda que exista. Esquisito, não? Mula o barangão. O Partido dos Trabalhadores é vigarista. Não dá a dura em bandidos. Por isso tudo assim. O Partido dos Trabalhadores é kitsch. E assim vai o Brasil... O mula é vigarista, ladro e venera a mentira e nivela tudo pelo parâmetro do barango. Sobretudo a educação. O PT é brega.
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